quinta-feira, 5 de junho de 2014

BHAGAVAD-GITA - Comentado por Maharishi Verso 45




Verso 45





O interesse dos Vedas é com os três gunas.
Esteja sem os três gunas, ó Arjuna,
livre da dualidade, sempre firme na pureza,
Independente de posses, possuído pelo Ser.

“Esta é a técnica de realização instantânea. O senhor mostra a Arjuna um meio prático de convergir a mente ramificada na focalização do intelecto resoluto. Aqui está uma técnica eficaz para levar a mente a um estado onde todas as diferenças se dissolvem e deixar o indivíduo no estado de realização.(...)

(...) As teorias psicológicas modernas investigam as causas para poder influenciar os efeitos. Elas tateiam no escuro para encontrar a causa da escuridão, e com isso poder removê-la. Em contraposição, temos aqui a ideia de trazer a luz para remover a escuridão. Este é o “princípio do segundo elemento”. Se você deseja produzir um efeito no primeiro elemento, ignore este elemento, não busque sua causa; influencie-o diretamente ao introduzir a luz. Leve a mente a um campo de felicidade para aliviá-la do sofrimento.


(...) É difícil para um homem melhorar seus negócios enquanto está constantemente imerso em todos os seus detalhes. Se os deixa de lado por um momento, ele se torna capaz de ver o negócio como um todo e então poderá decidir mais facilmente o que é necessário. Arjuna acredita profundamente no dharma, sua mente está clara quanto a considerações acerca do bem e do mal. Mas o Senhor pede a ele que abandone todo campo do bem e do mal em troca do campo do Transcendente. Ali, estabelecido em um estado além de toda dualidade, além da influência do certo e errado, ele desfrutará a sabedoria absoluta da vida, de onde surge todo o conhecimento do mundo relativo. E o Senhor diz a Arjuna: O campo desta sabedoria absoluta não está fora de ti. Não precisas ir a lugar algum para adquiri-la. Está dentro de ti. Tens apenas que estar dentro de ti, “possuído pelo Ser”, sempre firme na pureza do teu Ser.(...)”

Maharishi Mahesh Yogi



( trechos retirados das pág. 154 e 155)

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